O primeiro Trio Elétrico de Sergipe
A batalha foi dura. Tivemos o apoio da Bonfim somente ela através de seu Lauro acreditou e assim em uma carroceria de um ônibus transformamos em veiculo sonoro que iria levar alegria a todos os sergipanos. Foi em 74 que tudo começou. Eu, Edvaldo, Benezinho, Juarez: grande incentivador – e Nilson. Trabalhamos diuturnamente para que no carnaval de 1975, o trio mostrasse a sua cara e o som dos músicos sergipanos, e assim foi feito. Saímos as ruas assastando os foliões e levando-os até a inesquecível praça do povo, onde as bandas de frevo os aguardavam para continuar com a tão emocionante alegria momesta. Com o apoio da TV Sergipe e da empresa Bonfim o primeiro trio elétrico de Sergipe, nascido aqui no bairro Getulio Vargas deu inicio ao som elétrico e marcou época nos carnavais de outrora onde a verdadeira alegria não era artificial. Atrás do trio, no carnaval de 1975, seguia uma carreata com varias autoridades vestindo mortalhas e capuz preto e a galera no chão pulando e cantando ao som do trio.
Aqui em nosso bairro já existia a famosa orquestra de Medeiros, a Banda Viking e a bandinha de frevo do tenente Gilson que tocava no carnaval de Neopolis. Em 1976 fundei o blococota com o apoio da empresa sergipana de seu Wilson, grande folião e meu vizinho que reservou uma carreata para o bloco, tinha que chegar na garagem dois dias antes do carnaval. Eu tocava no clube até as quatro horas da manhã e corria para organizar as bebidas e o gelo par as oito horas começar tudo de novo. Era garra e alegria. Hoje as lembranças fazem teimosamente escapar uma lagrima do cantinho do olho que parece querer homenagear as tantas que derramei de emoção no passado.
Hoje estamos vendo, o pessoal tentar resgatar a folia carnavalesca, dos desfiles de blocos de Aracaju uma verdadeira multidão de paz e alegria. Com participação de todos os artistas uma manifestação espontânea. Observo e ouço sobre o resgate do carnaval que o pessoal esta tentando fazer sei que não é fácil realizar, mas desejo a toda moçada boa sorte e que o carnaval seja sempre uma manifestação popular não movimento “político”.
Realizo ainda hoje eventos culturais e festivos que traz ao povo lazer, porque entendo que levar alegria aos corações é melhor que levantar santuários para a adoração de deuses.
Fonte: Jornal Achaqui do Bairro Getúlio Vargas
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