Neto de Sarney opera crédito consignado no Senado

De acordo com o jornal “O Estado de São Paulo”, José Adriano Cordeiro Sarney, neto do presidente do Senado, José Sarney, criou uma agência para operar com o esquema de crédito consignado para os servidores da Casa. Nos últimos dois anos, a Sarcris Consultoria, Serviços e Participações Ltda, empresa de José Adriano, foi autorizada por seis bancos a intermediar as operações e o operador informou ao “Estado” que as maiores transações são feitas com o HSBC.

Ele faturaria menos de R$ 5 milhões por mês com a intermediação das operações. A empresa foi aberta menos de quatro meses depois do então diretor de Recursos Humanos da Casa, João Carlos Zoghbi, inaugurar a Contact Assessoria de Crédito, que ganhou mais de R$ 2 milhões intermediando este tipo de operação.

Assim como a Contact, a Sarcris foi registrada na Receita Federal como "correspondente de instituição financeira" e, além do HSBC, a companhia podia operar junto aos bancos Fibra, Daycoval e CEF sendo que as instituições Finasa e Paraná Banco chegaram a aprovar a transação, mas depois cancelaram a autorização. O sócio do neto de Sarney é Christian Alexander Hrdina, seu colega dos tempos de Escola Americana em Brasília, sendo que, recentemente, se juntou aos dois um terceiro sócio, Rone Moraes Caldana.

A companhia não existe nos endereços que declara nos documentos oficiais (salas 516 e 517 do Edifício Serra Dourada, no Setor Comercial Sul de Brasília) e José Adriano informou que, além do Senado, a Sarcris opera também em outros órgãos públicos, como o Superior Tribunal Militar e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Apesar dele garantir que não houve favorecimento pelo fato de ser neto de senador, o HSBC e o Daycoval autorizaram a empresa a intermediar o crédito consignado antes mesmo de serem autorizados a realizar tal tipo de operação.

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