TUDO PELO SOCIAL



Parabéns, Lula!

A revista “Veja” falou com desdém do plano do presidente Lula (PT-SP) de trocar todas as geladeiras dos pobres deste País por modelos modernos a custo zero, desde que os proprietários entreguem o refrigerador antigo que têm em casa. Mas foi uma excelente idéia! Com isso, temos chance de afastar o apagão energético que se avizinha no horizonte. “Veja” não quis aprofundar a questão e chamou a troca do eletrodoméstico de “bolsa-geladeira” (alusão à Bolsa Família que é, esta sim, uma excrescência). Acontece que na maioria das casas dos nordestinos a geladeira ocupa 70% dos gastos com eletricidade e entre os sudestinos e sulistas, 49%. Com os novos refrigeradores do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), da Eletrobrás, a economia na conta de luz das famílias pobres será enorme. Quem paga R$50 por mês, por exemplo, passará a pagar R$15. Num País onde somos todos pobres (com exceção dos políticos, traficantes e uns poucos empresários...), é uma grande economia. A geladeira está presente em 96% das residências brasileiras e quando Lula permite tirar 40 milhões de refrigeradores velhos de dentro das casas, está ajudando, na verdade, mais aos ricos que aos pobres, pois, com a medida, o risco do apagão, que atingiria a todos, é consideravelmente reduzido. Isto é que é socialismo: responsabilidade social, compromisso com o planeta, bem-estar para todos.

E tem mais (I)


Há 40 milhões de geladeiras neste Brasilzão à base de CloroFluorCarbono, o famoso CFC que destrói a camada de ozônio e aquece a temperatura média do planeta, ameaçando a continuidade da vida da nossa espécie nesta bolinha azul. A troca desta arma branca é uma medida tão boa, mas tão boa, que só acredito que será adotada quando eu trocar minha geladeira gastadora de energia e à base de CFC por uma nova, ecológica e parcimoniosa no gasto de energia.


E tem mais (II)


A rapaziada de certa parte da mídia não quer ver quando o presidente Lula acerta. Se ele fizer a substituição das geladeiras velhas, diminuirá o consumo de energia no País, redistribuirá renda através do gasto menor nas contas dos mais pobres e da classe média e ainda estará de acordo com a agenda verde do século XXI. Isso é melhor do que gastar em cartão corporativo e mensalão, ou não é? Quem for contra que atire a primeira pedra.

Extraído do www.tribunadabahia.com.br

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